Se invento a tua justa densidade.
Se invento o claro-escuro dos teus olhos.
Se invento uma raiz, um fruto,
um peso alegre e brando para os teus braços.
É porque vi um dia o teu perfil exacto
num templo de alegria e de saudade.
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▪ João Rui de Sousa
( Portugal 🇵🇹 )
in “O Fogo Repartido” – Poesia (1960-1980), Editora Litexa, 1983