o tempo
descansa dos seus crimes
preso à sombra fiel
desta memória
o amor
como um obediente
braço quebrado
reclama
o derramado vermelho
dum céu vencido
e os gritos
outrora assassinados
são agora palavras recusadas
suspensas nos lábios de pedra
desta aldeia tão remota
como tu
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▪ Gil T. Sousa
(Vila Nova de Gaia, n. 1957)
in “água forte”, A Cadeira de Van Gogh – Associação Cultural, Editora Medita (Brasil), 2014
Gosto deste Poeta. Muito.