e de barba por fazer. Aproveita
a época baixa, o desdém
de algum jovem desiludido
para tentar, uma vez mais, o amor.
Passeia sem ninguém a acompanhá-lo.
Dorme pouco. Não teve nada e agora,
na cidade, basta estender a mão:
os livros estão todos, corpos sempre
aguardam nesse bar conhecido.
Basta passar a porta que o faça feliz.
Por isso ano atrás de ano se veste
de azul, descuida o seu aspecto, fuma,
e regressa na época baixa
ao lugar afastado. Tal como então.
_
▪ José Ángel Cilleruelo
(Barcelona, n. 1960)
in ”Trípticos Espanhois 2º VOLUME”, Editora Relógio de Água, 2005, Lisboa
Mudado para português por _ Joaquim Manuel Magalhães _ (Ensaísta, poeta e professor catedrático na Faculdade de Letras de Lisboa)