░ ASSURDO

Oh fiore di ansia sul mondo
— escremento della rovina —
verso che affoga di fronte al Nulla!

La poesia arde sui suoi cavalli ardui.
La disperazione terrorizza la pagina.

 

_
▪ Maria Azenha
(Portugal, n. 1945)
in “A Casa de Ler no Escuro”, Editora Urutau, São Paulo – Brasil, 2016

*

Mudado para italiano por _ Daniela Di Pasquale _ tem licenciatura em Letras e doutoramento em Estudos Comparatistas. Foi bolseira de pós-doutoramento durante 7 anos no Centro de Estudos Comparatistas da Universidade de Lisboa. Traduz poesia e ficção de português para italiano e o seu primeiro livro de poemas foi publicado em 2014 (Mater Babelica, Lietocolle). Actualmente trabalha na área da educação.



VERSÃO ORIGINAL

 

░ ABSURDO

 

Oh flor de ânsia sobre o mundo
— excremento da ruína —
verso que se afoga frente ao Nada!

O poema arde em seus cavalos árduos.
O desespero horroriza a página.

 

_
▪ Maria Azenha
(Portugal, n. 1945)
in “A Casa de Ler no Escuro”, Editora Urutau, São Paulo – Brasil, 2016