L’amour est comme deux montagnes en collision
Et est ainsi que quelqu’un meurt.
Je connais une femme petite et triste
qui joue de la flute dans l’océan.
Elle est descendante des eaux qui se renversent
étant emmenée par le vent durant la nuit.
Elle est de la taie du cœur d’un miroir géant,
mourant toutes les fois dans le poème.
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▪ Maria Azenha
( Portugal 🇵🇹 )
Non publié
Mudado do português por _Eduardo Veras_ pesquisador colaborador e pós-doutorando na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) – Brasil, onde atuou em 2016 como professor de Literatura Francesa. Especialista na obra de Charles Baudelaire, sobre quem escreveu tese de doutorado (UFMG, 2013), realizou dois estágios de pesquisa no “Centre de Recherche sur la Littérature Française du XIXe Siècle” da Université Paris-Sorbonne, sob a supervisão do professor Dr. André Guyaux. Atualmente, prepara uma nova tradução dos poemas em prosa de Baudelaire, de quem já traduzira o ensaio “L’École Païenne”. É autor de “O oratório poético de Alphonsus de Guimaraens” (Relicário, 2016) e co-organizador da coletânea de ensaios “Por uma literatura pensante: ensaios de filosofia e literatura” (Fino Traço, 2012). Tem publicado artigos sobre diversos poetas, brasileiros e franceses, em periódicos especializados.
VERSÃO ORIGINAL
░ O amor é como duas montanhas
O amor é como duas montanhas em colisão.
E é assim que alguém morre.
Conheço uma mulher pequena e triste
que toca flauta no oceano.
É descendente das águas que se derramam,
sendo levada pelo vento durante a noite.
É do tamanho do coração de um espelho gigante,
morrendo todas as vezes no poema.
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▪ Maria Azenha
( Portugal 🇵🇹 )
Inédito publicado com autorização prévia da autora