ELES APRESSAM-SE A MORRER

Eles estão a morrer um após o outro;
lançar terra sobre eles tornou-se tão comum
como aspergir sal na comida.

São todos eles da mesma geração, a minha família,
ou mais precisamente, da mesma época,
e os filhos de uma época são como cães amarrados a um trenó:
na sua busca pelo ouro
ou correm todos ou caem juntos.

Não é matemática,
é como um pente, um pente que domará um cabelo em rebelião
após um namorico louco, ante o espelho.

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▪ Luljeta Lleshanaku
(Albânia 🇦🇱)
Poesia mudada para português por João Luis Barreto Guimarães