É um tempo de presságios e venenos
Recolhe-te e escuta
O sangue sobre as orquídeas.
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▪ Luís Falcão
( Portugal 🇵🇹 )
in “Pétalas Negras Ardem Nos Teus Olhos”, Assírio & Alvim, Lisboa, 2007
É um tempo de presságios e venenos
Recolhe-te e escuta
O sangue sobre as orquídeas.
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▪ Luís Falcão
( Portugal 🇵🇹 )
in “Pétalas Negras Ardem Nos Teus Olhos”, Assírio & Alvim, Lisboa, 2007
Ocupei o dia com pequenas tarefas
Para silenciar um pedido uma súplica
Pintei o velho alpendre consertei a cancela do jardim
Libertei o cão para que perseguisse os pássaros pelo bosque
Recusou-se a partir
Persiste onde não existe caminho
Ao meu lado
Esperando que um vento frio
Dispa de folhas todos os ramos.
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▪ Luís Falcão
(Lisboa, n. 1975 – 2015)
in “Pétalas Negras Ardem Nos Teus Olhos”, Assírio & Alvim, Lisboa, 2007
Não sei dizer de onde chegam as tuas mãos
Mas essa luz não pertence a este mundo
Só dedos assim tão finos
Poderiam penetrar a espessura da noite
Trazendo ainda frescas umas gotas de manhã.
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▪ Luís Falcão
(Lisboa, n. 1975 – 2015)
in “Pétalas Negras Ardem Nos Teus Olhos”, Assírio & Alvim, Lisboa, 2007