Aquele outro que nos lê
lê-nos outro, e entre os dois,
não há antes nem depois.
Nem há dois, nem mesmo entre;
Mas uma mágoa tão dada
que ler outro é a semente
de sermos só um na mágoa.
E na mágoa em que se lê
não há antes nem depois
mas um vagar sem os dois.
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▪ Fernando Echevarría
( Portugal 🇵🇹 )
in “Discurso do Método”