UMA FACA AZUL NOS DENTES
O espaço é uma grande máquina de sombras e
o poema uma miragem de letras
não posso escrever os meus gritos
não posso dizer-te quem sou
escrevo um testemunho inútil numa noite imensa
e o amor para sempre é um defunto
com uma faca azul nos dentes.
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▪ Maria Azenha
( Portugal 🇵🇹 )
in “A loucura das facas“, pág. 13, Editora Urutau (Galiza, Brasil, Portugal), 2021
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